A relação médico-paciente funciona em paralelo com o fenômeno placebo-nocebo, exercendo influências no psiquismo e nas respostas neurofisiológicas, de maneira positiva ou negativa, favorável ou desfavorável, como um instrumento terapêutico ou iatrogênico. Já o termo nocebose origina do latim nocere, que significa infligir dano. O oposto de inocere (inocente). Então, seria o placebo inocente?
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Ars Curandi
A jornada foi longa até se chegar a uma medicina baseada em provas, com exames altamente especializados, com estudos genéticos, marcadores tumorais ou cirurgias robóticas. Mas, ainda necessitamos do tratamento básico de saúde, de simples noções de higiene, e todos sabemos que prevenir é melhor do que remediar. Esse remediar, para medicina, custa muito caro.
Agora, vinte e cinco séculos depois, necessitamos nos remeter ao princípio grego do conforto ao paciente diante da doença, não apenas ao tratamento mecanicista do combate à patologia. Esse conforto é conseguido sempre com a propedêutica que segue regras simples de escutar, olhar e tocar o paciente.
Escutar demonstra interesse, onde muitos dados são anotados na anamnese. Diria que escutar representa cinquenta por cento da consulta. Não apenas o auscultar dos pulmões, do coração, mas escutar as queixas, os problemas mais diversos. Quase como uma sessão psicanalítica.
Olhar é o primeiro ato do exame físico, o dito olhar clínico é fundamental para que muitas conexões sejam feitas durante a consulta, o olhar em busca de sinais, de icterícia, de anemia, lesões de pele etc. O olhar direto no olho que demonstra segurança, o compromisso com a cura.
Tocar é o outro ponto importante da consulta. Não apenas na palpação do abdome, das articulações, mas no aperto de mão na hora da saída, o toque para que o paciente não se sinta desamparado.
Leia o artigo completo: http://gazetacrateus.com.br/v2010/opiniao/gazeta-saude-32/
O ato médico
O ato médico evoca o compromisso sagrado da cura, onde o paciente sempre estará em primeiro plano. Temos que lutar pela qualidade deste ato, não é preenchendo os vazios que os problemas serão resolvidos, mas esvaziando tudo que desvirtue deste caminho, todo interesse político ou corporativista.
No Brasil, os médicos seguem leis definidas em 1931. Agora o Projeto de Lei 7.703/06 há mais de 11 anos em tramitação pelo Congresso Nacional, que leva popularmente o nome de Ato Médico, e prevê uma nova regulamentação do exercício da Medicina no país, está causando muita polêmica. No dia 17 de junho de 2013, o projeto de lei foi aprovado pelo Senado Federal com apenas um voto contra, e foi publicada no dia 11/07/13 no Diário Oficial a sanção da presidente Dilma Rousseff. No entanto, dez pontos importantes e polêmicos foram vetados, como a exclusividade dos diagnósticos.
Leia o artigo completo: http://gazetacrateus.com.br/v2010/sem-categoria/gazeta-saude-30/

Isaac Furtado - Cirurgião Plástico
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará, terminou sua pós-graduação no Serviço de Cirurgia Plástica do Prof. Ivo Pitanguy e PPUC-RJ. Desde 1999 é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Participará de mesa redonda no Colóquio com a fala: “Olhar sensível: contribuições das Artes Plásticas” (obra sensível de Descartes Gadelha). Confira a programação!
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