1º Colóquio sobre HUMANIDADES MÉDICAS/FAMED-UFC/UNIFOR

Sábado, 26 de outubro/2013, das 8h30 às 15h30
Local: Auditório da SOCEP (Sociedade Cearense de Pediatria. Rua Maria Tomásia, 701. Aldeota. Fone: 3261-5849)
O I Colóquio sobre Humanidades Médicas é um evento organizado pelo Grupo HumanAmigos de Humanidades Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará em parceria com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
Participam também da iniciativa: o Núcleo de Ensino, Assistência e Pesquisa da Infância do Departamento de Saúde Materno-Infantil-FAMED/UFC; o Projeto de Vivência da Relação Médico-Paciente (PROVIMP); o Núcleo de Desenvolvimento da Educação Médica (NUDEM); Instituto da Primeira Infância (IPREDE) e o Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde (NUTEDS).
Localize-se!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Medicina: ciência e arte, por Antonio Ledo

Medicina: ciência e arte

O povo brasileiro
Origina-se, em parte,
De Portugal,

Ao atravessar o oceano,
Em suas naus,
Os portugueses trazem também,
As origens da Medicina brasileira tradicional

Picanço, nobre Pernambucano,
Formado no Reino Lusitano e na França,
Medico da corte Joanina,
Vem com a proposta pronta,
Para as escolas de Medicina,
Da Bahia e do Rio de Janeiro

Nessa época,
A tal Medicina tradicional,
(Vinda d’além-mar com as naus)
Era quase pura ARTE,
Já que a eficácia dos medicamentos,
Dos unguentos circulantes,
Das cirurgias aterrorizantes,
Era nula, ou quase nula

Desde então,
Já se vão,
Mais de 200 anos,
E o quadro daquela época: INVERTE-SE

A ciência avança, a passos estrondosos
A técnica medica, com nível de sofisticação,
Similar ao exigido, para ir à lua
Os medicamentos,
São finalmente,
Eficazes,
(Ou quase, na maioria das vezes)

Há que se considerar, no entanto,
Que muitas doenças,
(Como por exemplo, a Tuberculose),
Tiveram sua carga reduzida,
Expressiva e gradativamente,
Muito antes do advento, das drogas ‘anti’

E os PACIENTES,
Como se enquadram,
Nesse cenário pós-moderno?

Estes, infelizmente,
Acompanham como sempre,
Pacientes

Porém, mais que nunca,
Seguem tolerando o intolerável,
Atendidos rapidamente,
Por vezes de pé,
Como penitentes,
Aceitando o inaceitável

Olhos nos olhos,
Nas consultas,
Nem se cogita,
Faz mal a saúde,
Ou a conjuntiva,
‘O bom é remédio,
Que afina o sangue’

A Medicina do presente,
Confunde-se com a ciência,
Salve a Medicina!

O progresso, e a ilusão-de-ótica,
Aprofunda-se com a Ciência!
Pela fibra e por e-mail,
Viva o progresso

Nesse cenário,
As vozes e as almas,
Dos PACIENTES,
Cada vez mais longevos,
Seguem impacientes

Como comunicar-se,
Em um contexto,
Onde a ARTE da Medicina,
Vê-se ofuscada,
Diante de tantas luzes lancinantes,
Pretensos açúcares,
Edulcorantes?

Ou, como querem os otimistas
Nesse novo contexto,
A ARTE apenas adormece,
(Para uns profundamente)
A espera d’algum príncipe,
Que venha tocar-lhe os lábios

Nesse sentido,
É preciso,
E sem nenhuma duvida,
Corrigir o rumo,

É urgente levar a nau,
De volta,
Aos tempos idos,

É imperativo resgatar os sentidos,
De 1808,
Quando a Medicina, ARTE pura,
Resistia sem a ciência,
De 2008

Urge fazer com que a cura,
Venha depois do alívio,
Com que Aquele que trata,
Bata na porta,
Após Aquele que cuida,
Além da obrigação do ofício

Humanidades Médicas,
Faz um primeiro colóquio,
Refaz a agenda,
Combinando períodos,
Traz o paciente,
À centralidade
Revigora o tempo da Medicina: ciência e arte

Efusivos PARABÉNS a todos,
Que participam dessa luta,
E constroem juntos,
O imperioso coletivo do ‘humano contemporâneo’

A. Ledo

23-X-2013


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